Zé Ramalho. Jardim das Acácias

Jardim das Acácias – Zé Ramalho

Nada vejo por esta cidade

Que não passe de um lugar comum

Mas o solo é de fertilidade

No jardim dos animais em jejum

Esperando alvorecer de novo

Esperando anoitecer pra ver

A clareza da oitava estrela

Esperando a madrugada vir

E eu não posso com a mão retê-la

E eu não passo de um rapaz comum

Como e corro trafego na rua

Fui graveto no bico do anum

Vez em quando sou dragão da lua

Momentânea aliení……….gena

A formiga em viva carne crua

Perecendo e naufragando o mar

Uê oh…….oh…….oh….. naufragando no mar

E a papoula na terra do fogo

Sanguessuga sedenta de calor

Desemboco o canto nesse jogo

Como a cobra se contorce de dor

Renegando a honra da família

Venerando todo ser criador

No avesso de um espelho claro

No chicote da barriga do boi

No mugido de uma vaca mansa

Foragido como judas em paz

A pessoa que você mais ama

No planeta vendo o mundo girar

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *

Este sitio usa Akismet para reducir el spam. Aprende cómo se procesan los datos de tus comentarios.